7.04.2010

Um constante devir...

Na casa da atriz até agora cabem tantos sonhos e desilusões. Tantos sentimentos, desejos. Tanta inquietação desta mulher que chega aos trinta anos. Chego potente, com sede de realização. Em breve nesta morada que faço e refaço a todo momento quase já não me caberá mais. Começo a transbordar imensa por todos os cantos.  Estou no plano deleuziano da consistência. Eu ganho espaço. Eu me multiplico e sigo rizomando em mutações, devires e direções que aos poucos me devolvem os sentidos e as possibilidades da vida. Vejo agora uma nova forma de habitar o mundo. Eu me reencontro em leituras, me permito novos prazeres, novos desafios. De fato está surgindo um novo alguém dentro de mim. Eu deixo que venha esta nova mulher nascendo, criando raízes, renovando, abrindo frestas, ventilando as articulações. Esta mulher quer dançar até o fim de seus dias e se chegar aos quarenta e os desejos forem outros, a estrutura de arejamento permite que brotem sempre novas e tantas outras possibilidades. Porque a cada dia sou reivenção de mim mesma.

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