4.04.2011

Adeus Rio Doce

Encaixoto miudezas, pratos, tralheres, enfeites de mesa, pequenos quadros, noites mal dormidas, algumas de muito amor, prazer, outras de dor; Guardo em pacotes da memória o primeiro jantar na mesinha do computador, o café da manhã apreciando a vista das grandes janelas; já perdi a conta, mas não deixo de embrulhar quantas leituras se passaram nas tardes de sábado em cima da almofada caramelo, quantas madrugadas perdidas debruçadas sobre o trabalho; lembro da primeira festa de inauguração, com salmão, vinho e amigos...aliás vinho teve quase sempre, amigos nem tanto, amores talvez um pouco mais; como não acostumar nesses três anos aos ruídos que só essa vizinhança tem. Me fizeram bastante companhia em momentos de solidão; Separo, ajeito. Acho que está tudo aqui. Vou levar tudo! Embrulho com muito carinho para não perder nada. Estou pronta! A viagem será árdua, mas necessária. Fica para trás Rio Doce, por onde desaguaram tristezas, alegrias, tanta vida...

3.07.2011

Por aí...

E quantas vezes me amou assim, o rosto coberto por colchas e travesseiros. Quanto mais tivesse eu os esboços de outras, mais desejos e fantasias teria por mim. Por muito tempo deixei fluturaem seus caprichos. E em pouco tempo estaria só, perambulando pelos cantos da casa, em busca de mim, esquecida por aí.

2.28.2011

Um novo amor

Te amo tanto
Mais é tanto
Que só um novo amor
Pode esse velho amor levar

Quero um amor fresquinho
Que venha depressa
E apague a dor
Que não me deixa em paz,

Mas dor de amor
Não se cura assim
É muito amor
Que resta dentro de mim

Se o amor não chegar de-repente
que venha lento, mas fagueiro
com o anseio urgente
De quem se sabe amante companheiro.

2.04.2011

Vestida de Sensatez

Há momentos em que é necessário se vestir de sensatez, nem que seja só para sentir o prazer de se despir depois.