Quando cruzei o portão de casa, acendi a luz, mas logo desliguei: de novo o corredor de entrada estava iluminado por um estreito facho de luar. Só então me dei conta de que o tempo correu...
Olha...eu gostei de você e só. De-repente, eu me encantei e me vi plena, cheia de tudo que pode ser você. Nem preciso que esteja aqui e já sinto por mim, por você, por nós. Só sentir e tudo me basta. Mesmo que não te veja mais. Penso: estou livre....finalmente.
É que algo em mim mudou. Um instante fez renascer aqui dentro, algo raro e jamais esperado. Até então, havia abandonado esses procedimentos previsíveis e descontrolados. Optava por seguir uma conduta norteada por princípios que julgava os mais adequados para a momento de vida.
Agora estou entregue, sem dedos, sem medos, sem zelos...