1.03.2010

Solitária e Tranquila à Margem

Sou à margem mesmo. E daí? Quem não é? Muitos como eu se avolumam às margens e viram cada vez mais maiorias solitárias. Para estar no sistema, rio que avança impetuoso, são tantas as regras, que se torna difícil e injusto cumpri-las. Aceito minha posição marginal! Cansei de achar que todos precisam amar o pouco que tenho a oferecer. O imaginário não pertence ao sistema. Doce ilusão! Sem ilusões e sem tristeza, me despeço de uma fase que se encerra. Em crise, me adentro em outra. Humilde e consciente aprecio o rio correr. Estou em movimento: eu me transformo para algo que me aguarda e desconheço. Foi necessário percorrer tanto caminho para reconhecer que o ideal não passa do ideal.

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Boca de Cena