1.10.2010

Em crise

O problema não é a arte, o teatro. Com eles vai tudo bem. A questão é estar disposto a dedicar-se tanto tempo àquilo que não é valor para o sistema. O artista, tão supérfluo, tão pobrinho, tão apaixonado, tão cheio de ilusões segue o seu curso e alimenta-se de algo inexplicável, que só quem verdadeiramente conhece o ofício entende a devoção.

4 comentários:

  1. Hoje mesmo pela manhã estava a pensar sobre o que li agora em seu post, mas de certo a essa força inexplicável que nos faz seguir em frente, estou apenas no 'início' e por vezes desconfio de mim mesma e o valor que não é dado ( de um modo geral ) ao que faço e penso... pois bem não estamos sós ^^

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  2. O ofício de artista é como qualquer outro ofício, porém vendemos ilusões recheadas de vida e não via recheadas de ilusões.

    O sistema precisa do artista pra poder humanizar o que é frio e esmagador. O artista tem que se impor, reconhecer e mostrar seu verdadeiro valor e se quiçá sonhar em se libertar das paternalistas leis de incentivo a cultura.

    Tudo ao mesmo tempo e agora.
    Beijo Bia.

    Daniel Ayer

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  3. No meu artigo concluo exatamente isso:que mesmo não sendo valor para o sistema, ele reconhece que precisa de solitários como alain resnais e outros artistas que caminham na marginalidade.

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  4. Para o Blog Pessoas e Flores.

    É bom saber que há outras para agregar à maioria de solitários. Olha, arte defino como um caminho irreversível de possibilidades infinitas para o artista. Se você já entrou para este mundo, então acredite até o fim! Mas também desconfie sempre: este movimento de crise e inquietação faze parte do processo. Um beijo.

    Beatriz França

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