4.04.2011

Adeus Rio Doce

Encaixoto miudezas, pratos, tralheres, enfeites de mesa, pequenos quadros, noites mal dormidas, algumas de muito amor, prazer, outras de dor; Guardo em pacotes da memória o primeiro jantar na mesinha do computador, o café da manhã apreciando a vista das grandes janelas; já perdi a conta, mas não deixo de embrulhar quantas leituras se passaram nas tardes de sábado em cima da almofada caramelo, quantas madrugadas perdidas debruçadas sobre o trabalho; lembro da primeira festa de inauguração, com salmão, vinho e amigos...aliás vinho teve quase sempre, amigos nem tanto, amores talvez um pouco mais; como não acostumar nesses três anos aos ruídos que só essa vizinhança tem. Me fizeram bastante companhia em momentos de solidão; Separo, ajeito. Acho que está tudo aqui. Vou levar tudo! Embrulho com muito carinho para não perder nada. Estou pronta! A viagem será árdua, mas necessária. Fica para trás Rio Doce, por onde desaguaram tristezas, alegrias, tanta vida...

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